O Circo chegou!

Tudo planejado, algumas coisas já resolvidas. Público avisado, música já rolando. Pra quê? Pra nada.

 Então pessoal, resolvi expressar minha opinião sobre o evento que temos que realizar.

Nos informaram a data e o tipo do evento (impuseram, mas tudo bem) e junto com isso, a recomendação/dica/apelo/ordem de inovar.

OK, nós começamos a pensar. Pensar sobre o que fazer e como fazer, além de pensar nas inovações. Realmente inovamos, idéias boas e ruins surgiram. Fizemos uma triagem das idéias, perguntas à pessoas mais experientes na produção de eventos foram feitas, entramos em contato com possíveis colaboradores. Mas pra quê? Pra nada.

Não se pode ser criativo. Como inovar sem ser criativo e mudar as coisas? Não é possível. A data, o evento, o público. Todos foram impostos!

Sofremos algo que não tem outro nome a não ser CENSURA. Fomos impedidos de fazer algo por superiores. Tudo isso, premeditando a palhaçada do circo.

Deixei visível durante as aulas como esta mudança me desagradou. Tentei controlar, consegui em partes, mas para que eu me conformasse de vez, decidi expressar meu desagrado aqui. Como informar para os colaboradores já conseguidos que o possível evento agora é impossível? Isso faz com que se perca um pouco da credibilidade.

A mudança realmente não é o que eu esperava. Mas só por isso não significa que eu não ajudarei a montar a lona e o picadeiro deste espetáculo circense.

A magia vai acontecer, os palhaços aparecer e o show vai rolar. Show? Não, a primeira tarde recreativa realizada pelos alunos do curso de Eventos do IF (Instituto Federal) de Juiz de Fora, que entrará para a história de todas as tardes recreativas que já aconteceram e das que ainda virão a se realizar na instituição.

Ideias novas tem que aparecer com um ‘shazam’, um ‘abracadabra’ pra planejar tudo em tão pouco tempo, finalizando com grandes gargalhadas ao final de tudo.

Como disse o poeta Pablo Neruda “Escrever é fácil. Você começa com uma maiúscula e termina com um ponto final . No meio, coloca idéias.” Li essa frase hoje e a achei bastante interessante. O texto onde ela se encontrava, era um texto de como anda a escrita no Brasil. Depois de refletir e interpretar essa frase de várias maneiras descobri como essa frase nos atinge, não a frase é claro, mas, a idéia contida nela.

Nos deram a letra maiúscula e o ponto final. Nos impuseram o público alvo e a recomendação de inovar. Simples não é? Acho que não. Essa simplicidade é só mais um dos futuros contratempos.

Preparem-se! O circo vem ai! Vamos comprar nossas entradas e aproveitar o espetáculo. 

Um abraço,

Paulo José Cândido – 2º módulo EVE