quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Amadorismo no setor de eventos



Não é novidade para nenhum de nós que o mercado de eventos é um dos setores que apresenta maior nível de amadorismo, sendo que este pode ser interpretado de duas formas: a primeira seria analisar especificamente o mercado de trabalho no qual o profissional de eventos raramente é um trabalhador regularizado e ao qual se dá o valor merecido, ou seja, a maioria dos “funcionários” que trabalham nos eventos são pessoas sem nenhum vínculo legal com as empresas que promovem os eventos e atrelados a isto são mal remunerados e constantemente mal tratados por parte dos contratantes o que nos leva a segunda forma que podemos analisar o amadorismo que é justamente a parte que para os leigos é mais visível, a total falta de capacidade e entendimento das funções que se devem realizar por parte destes funcionários, e como resultado disto somos maltratados, ficamos perdidos, esperamos horas em filas, lidamos com enormes atrasos entre vários outros problemas que ocorrem quando decidimos sair de casa e ir a um evento, em suma, ficamos frustrados, pois nossa expectativa raramente é atendida.


            Podemos observar isto claramente nas postagens feitas anteriormente neste blog, nas quais percebemos que eventos pequenos como o “Festival de Cenas Curtas” ou grandes Empreendimentos como a “Feira do Estudante” e o “Sacode” possuem como denominador comum os problemas na organização e por fim não geram a tão buscada satisfação aos seus frequentadores. 

            Mas este amadorismo que aqui retrato, em minha concepção, possui responsabilidade dividida entre os gestores das empresas que na sua maioria não possuem capacidade para ocupar estes cargos e só visam o lucro fazendo de tudo para alcançar isto, para eles o ideal é o dinheiro e não satisfação das pessoas. Outra parte da responsabilidade é do poder público que não institui nada ou muito pouco de legislação para os profissionais desta área; mas a principal responsabilidade é nossa, escritor e leitor deste texto, pois em evento após evento que frequentamos vemos muitos erros e falhas, mas pouco reclamamos ou tomamos atitudes para mudar isto e na maioria das vezes achamos tudo normal ou no máximo exprimimos o típico “É sempre  assim..”. Já quando trabalhamos em algum evento nós deixamos nos caracterizar como “escravos modernos” e fazemos tudo o que somos mandados sem exprimir o mínimo de opinião ou mesmo criticidade sobre determinado processo que realizamos mesmo possuindo prerrogativas suficientes para fazê-lo.

            Porém, em contrapartida a tudo isto, ao menos estamos nos especializando para mudar este panorama, mas não se iludam não é uma tarefa fácil e talvez lutando durante toda nossa carreira não conseguiremos mudar nada, mas pelo menos temos que tentar.
Por: Bruno Ribeiro, 2° T.E.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Os impactos de grandes Eventos no Brasil




A maioria dos grandes eventos que ocorreram ou ocorrem no Brasil são shows. Sendo eles internacionais, ganhado assim um público maior, por ser mundialmente conhecido.
Os impactos que esses eventos podem causar são vários. Foi realizado um levantamento pelo SPTuris(São Paulo Turismo) sobre os impactos constantes que os shows internacionais causam no turismo paulistano:

“Sabemos que estes eventos geram receita para a cidade, apesar de não termos, até então, os dados específicos do segmento. Assim, essa série de pesquisas vai nos permitir conhecer melhor o perfil desse público e saberemos armar novas estratégias para trabalhar o nicho, um dos mais rentáveis para o turismo em São Paulo”, diz o presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho.”

Durante o show do Red Hot Chili Peppers foram aplicados 1.549 questionários nas entradas do local. A pesquisa apurou que 64% do público era formado por residentes, 6% por visitantes de outras cidades do Estado de São Paulo e 30% por turistas vindos dos estados do Paraná (4%), Minas Gerais (3%), Santa Catarina e Rio de Janeiro (2%).

A maioria deles também aproveitou a vinda a São Paulo, segundo a pesquisa, para visitar, principalmente, as atrações da Avenida Paulista e entorno e a Rua 25 de Março.


Com esse levantamento podemos perceber que esses shows atraem não só a população local como também outras regiões, que aproveitam não só o show, mas também para conhecer a cidade, aumentando o turismo da mesma, e se gostarem irão voltar e indicar para outras pessoas também conhecerem a cidade.
Porém não há só impactos positivos, também há os negativos. Estudos realizados pela revista Turismo nos destacam alguns desses impactos no território Cearense:

A população residente é vítima dos efeitos do turismo e sofre com alguns impactos negativos, por exemplo, o aumento descontrolado do número de turistas e de agressões naturais e culturais.

Impactos Culturais: 55% acreditam que o turismo modifica os costumes culturais, mas 30% acham que sim e 15% não sabe definir. Esse mesmo número de entrevistados acha que o turismo incentiva o aumento das atividades culturais, e 60% concordam com essa afirmação. A metade não acha que os turistas alteraram os costumes locais, enquanto 30% falam que houve alteração. A comunidade de Guaramiranga, sem dúvida nenhuma é dependente economicamente o turismo. A maioria da população nas décadas de 70 e 80 conseguia sobreviver apenas das atividades agrícolas, porém hoje também dependem os turistas para vender os novos serviços.

Impactos Sociais: Quanto às melhorias sociais, 40% discordam totalmente que o sistema de saúde melhorou. Porém o acesso é indicado como a melhor infra-estrutura - 70%, com as estradas em boas condições. 80% não concordam que o turismo traz criminalidade, sendo que 70% acham que os turistas têm consideração com a população local (todos discordam que seria melhor se os turistas não viessem). A maioria acha que as autoridades não consideram a opinião dos moradores, sendo que 20% discordam totalmente disso. Sobre a integração sociocultural entre turistas e moradores, somente 40% acredita que de alguma forma ela existe.

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Todos os impactos são importantes para sabermos onde devemos melhorar ou aperfeiçoar nossos eventos. Concluo esse texto sabendo que devemos ter cuidado ao promover certos eventos. Sim eles podem trazer benefícios mais também podem trazer prejuízos.

Por: Catiane Dornelas, 2° Módulo, T.E.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um hotel para chamar de minha loja!



Reconhecido por ser o maior bazar de moda de Juiz de Fora e região, o Guest Fashion é um dos eventos mais tradicionais realizados pela Duetto Produtora. Trata-se de uma queima de estoque das principais marcas nacionais e regionais (entre elas: Walery, Tuckston, KM/H, Esquadra, Jack's Club, Carmen Steffens, Top Fitness, Eject, Praise, Terr, Casas Franklin, General Cook, Bruna, Armadda , dentre outras, contabilizando mais de 80 lojas), que transforma o Victory Business Hotel em um verdadeiro shopping.

O evento começou ocupando três andares do local e, hoje, é realizado três vezes por ano, em seis andares e sete salões do hotel. O agravante principal dessa edição foi o número inesperado de participantes, que chegou a gerar fila para entrada e saída.

Além de ser um grande atrativo para consumidores, é uma grande oportunidade para as marcas divulgarem seus nomes e lucrarem, apesar de algumas oferecerem produtos de qualidade inferior aos vendidos nas lojas. Em um evento no qual o principal objetivo é a satisfação do cliente na busca de produtos de boa qualidade, não foram oferecidas opções diversificadas, deixando os visitantes insatisfeitos.

Os participantes comentaram sobre a falta de espaço, tanto nos corredores, quanto nas lojas, e diante disso se faz necessária a troca do local em que o evento é realizado, pois o fluxo de pessoas é enorme e o Victory já não comporta essa demanda. 

Outra falha é na locomoção das pessoas. Além das escadas, é disponibilizado somente um elevador que tem capacidade máxima para dez pessoas, reforçando a falta de estrutura para o grande publico. É preciso um local mais arejado e que seja de fácil acesso para idosos, gestantes e deficientes físicos. 

A falta de ventilação também foi algo crucial: devido ao calor que estava fazendo no período do evento, o difícil acesso aos banheiros e o numero limitado dos mesmos, prejudicaram o andamento do evento, consequentemente, gerando insatisfação nos clientes. Outro ponto a ser destacado é a falta de uma equipe de primeiros socorros no local, caso ocorresse algum acidente.

Apesar de algumas falhas que ocorreram, a divulgação do evento foi bem abrangente e satisfatória. Vale destacar, também, que muitas lojas cumpriram o objetivo de atender bem o cliente e oferecerem produtos de boa qualidade.

*Análise crítica apresentada pelas alunas do segundo módulo Catiane Dornelas, Érica Oliveira e Viviane Nogueira à disciplina Planejamento e Organização de Eventos. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A festa que veio para abalar, Abalou?



O Front Fest aconteceu dia 30 de novembro de 2012 no La Rocca. O evento é promovido pela Front produções e teve como atração principal a Banda Eva, Dj Morango e a dupla sertaneja Fabrício e Gabriel. A festa teve censura de 18 anos e ingressos a preços populares.




Seus pontos positivos começam na divulgação em rádios, distribuições de panfletos e através da mídia digital. Foi utilizado como fatores atrativos slogans como “O ultimo show do Saulo na Banda Eva em Juiz de Fora” e “A festa que faltava”. Um recurso de marketing interessante foi o uso da imagem do JFfolia, um evento bem conceituado na cidade, da mesma produtora, para atribuir uma qualidade tangível a um evento que é novo, dando ao público uma visão de que o Front Fest seria uma nova versão, porém, com a mesma qualidade. Para estabelecer uma ligação entre ambos foi idealizado um camarote que levava o nome do antigo evento de sucesso da produtora, o “camarote JF folia”.

Outro ponto que merece destaque por sua qualidade foi a organização do evento de um modo geral. Assim que se chegava na porta do La Rocca havia filas que separavam homens e mulheres, para que fossem revistados e evitando possíveis tumultos. Dentro da casa de shows verificava-se a marca dos patrocinadores em vários locais, como em faixas no camarote, em ''balões'' dispostos no teto e anunciados pelo locutor do evento.

Outro diferencial foram os enormes cardápios fixados na parede perto da praça de alimentação que informavam as comidas, as bebidas e os preços dos mesmos, provando que os pequenos detalhes faziam toda a diferença.

No ingresso, o inicio das atrações estava marcado para às 22h, entretanto a primeira atração da noite, o DJ Morango, só começou a tocar à 00h, animando o publico e enchendo a casa, que até então se encontrava bastante vazia. O show mais esperado da noite, a Banda Eva, começou por volta de 01h, e atendeu completamente as expectativas do público. Foi um show animado e com um sentimento de saudade, pois foi a ultima vez que o Saulo, vocalista da banda, se apresentou em Juiz de Fora com a Banda Eva. Ele esbanjou simpatia e até pediu autorização à produção para cantar mais músicas. Autorizado ele disse: “Vir em juiz de fora e cantar pouco, não é vir em Juiz de Fora!” A partir daí ele começou a atender pedidos dos fãs. No final do show, o publico se dirigiu até a outra extremidade do La Rocca, na área externa, para conferir o que era chamado de “Trio Sertanejo” que deixou a desejar, já que pela divulgação dava a entender que o trio ia cumprir sua função de ''palco móvel'' e andar para agitar a galera, porém, se manteve parado durante toda a apresentação da dupla, frustrando nossas expectativas.

O que foi alvo de muitas críticas e reclamações foi a falta de segurança, algumas pessoas reclamaram que foram furtadas e que não tinham a quem recorrer no local do evento, faltou policiamento e segurança. A indignação por parte das vítimas pode ser acompanhadas na página oficial da produtora no facebook, como vemos a seguir:
 









Contudo, o evento não deixou de ser um sucesso! Casa lotada, boas atrações e um enorme desejo para a segunda edição. 

*Análise crítica apresentada pelas alunas do segundo módulo Camila Rodigues, Mônica Calderaro e Sandy Moreira de Castro à disciplina Planejamento e Organização de Eventos.


 




quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vamos sacudir?


O evento Sacode, promovido pela Enjoy Produções e Phormar, está em sua segunda edição e teve como atrações Leonardo de Freitas e Fabiano, Samba do Rei, DJ Thiago Venerando e DJ Pandão e a principal foi Naldo com sua turnê “Na Veia Tour”.

Figura 1 -  Imagem de divulga
Devemos ressaltar que o evento era solidário, os idosos, estudantes e com ingresso promocional entregariam alimentos não perecíveis na portaria. No dia do evento o público desavisado, faltou divulgação sobre isto, não levou os alimentos. As praças de alimentações estavam muito próximas aos banheiros e estavam expostos, poderia ocorrer contaminação sendo que o La Rocca tem uma cozinha imensa onde poderiam ser preparados os alimentos e distribuir para o restante do evento.

Contudo havia além dos banheiros da casa de show, banheiros químicos possibilitando as pessoas de usarem com mais rapidez. E bastantes seguranças se precavendo de futuras brigas e incidentes.

Tendo como slogan “Vem sacudir” será que cumpriu este proposito? Não exatamente. Muitas pessoas saíram reclamando dos DJs que tocaram músicas inadequadas ao público e isto quando tocaram alguma música. E até mesmo do Naldo, pois utilizou músicas de fora de seu repertório fazendo um show que não agradou. Os fãs esperavam mais e mereciam mais após o cancelamento de sua vinda ao dia da primeira edição.


O blog ouviu a estudante Thuane Mello. Segundo ela, ambos os eventos foram satisfatório, mesmo assim ela revela sua preferência: “Achei as 'festas' muito boas, sem brigas e com gente bacana. Mas a primeira foi bem melhor, pois apesar de gostar muito do Mc Koringa, achei bem mais animada e divertida. Na segunda acho que tocou pouco funk” .

Apesar dos problemas e dos ajudes que devem ser feitos, acreditamos que os organizadores do Sacode podem investir neste tipo de evento na cidade, pois tem público e pode vir a ser um evento tradicional como muitos outros.

*Análise crítica apresentada à disciplina Planejamento e Organização de Eventos pelos estudantes do segundo módulo:Marcele Alencar, Paulo Roberto e Richele Silva.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cortinas abertas para revelar o 4º Festival de Cenas Curtas


No dia 24 de novembro foi realizada a  quarta edição do Festival de Cenas Curtas de Juiz de Fora, no Centro Cultura Bernardo Mascarenhas(CCBM), onde oito de quinze esquetes foram previamente selecionadas e disputaram pelos prêmios de cinco mil reais (primeiro lugar), três mil reais (segundo lugar), mil reais (terceiro lugar) e também o prêmio destaque no valor de mil reais.

Ao chegarmos ao local do evento, fomos bem recepcionadas e direcionadas à fila que, por sinal, já estava bem grande. Entramos às 19:05h e o festival começou com o atraso de quinze minutos, ou seja, ás 19:15.
O festival foi bem eclético, abrangendo temas atuais ,como a infância moderna, o amor (tema atemporal), a amostra grátis, a beleza e a feiura, atingindo, assim, um público bem diferenciado. Nos intervalos, para a montagem e desmontagem de cenários e preparação dos atores, ficamos ao som de MPB e pop rock brasileiro com os cantores Ana Carolina, Lulu Santos, Rita Lee, Skank entre outros.

Atrelado ao festival, acontecia na praça Antônio Carlos, logo ao lado, a quinta edição da Conexão Eletrônica, evento no qual DJ's tocavam música eletrônica, o que, sem dúvidas, atrapalhou na concentração dos atores e também na audição do público, pois as apresentações não tinham o auxílio de microfones, devido ao tamanho do local.

Após as oito apresentações, enquanto os jurados definiam o resultado, o DVD instrumental de um artista local foi exposto. E então, finalmente divulgaram os vencedores. O prêmio destaque foi entregue a dois concorrentes: “A luta de senhor Jarbas contra o velho de bigodes” pela linguagem cênica, que compara a infância atual com a de antigamente, e também “As sementes de aço” pelo texto, em que retratou a dura realidade de uma guerra.

O terceiro lugar foi de “Senhora da água, senhor do fogo”, drama poético que acaba em tragédia, surpreendendo todo o público com um assassinato muito real e inesperado. O segundo lugar ficou com a comédia “Rolhas” em que um jovem conta histórias de sua vida, sempre acompanhadas de vinhos e também de rolhas. O merecido primeiro lugar foi para o narrativo-cênico “A história do lápis nº 2”, em que duas atrizes interpretaram duas amigas, um casal heterossexual e também um casal homossexual com direito a uma cena de beijo.

Juiz de Fora é uma cidade que carece de cultura, por isso eventos dessa natureza devem ser mais divulgados e tomar proporções maiores. Como o objetivo do festival foi de incentivar a produção de dramaturgia local e já está em sua quarta edição, significa que é um projeto que funciona. Na próxima edição deve-se pensar em uma maior divulgação, e poderiam cobrar um valor simbólico na entrada, para que os prêmios melhorem e mais grupos queiram participar para divulgarem seus trabalhos.

*Análise crítica apresentada pelas alunas  Gláucia Carvalho, Lisandra Queiroga e Luciana Santana do segundo módulo à disciplina Planejamento e Organização de Eventos.