Por trás das cortinas do Pan

           

         Quem foi à cerimônia oficial de abertura dos jogos Pan Americanos, no dia 24 de agosto, no Estádio Municipal, principalmente quem teve a paciência de esperar os 45 minutos de atraso, pôde se encantar com a banda que tocou músicas temáticas na entrada dos atletas de cada país, com as apresentações da companhia de palhaços, dança de gafieira, street dance, entre outros. Os fogos de artifício, ou a chamada “chuva de purpurina”, encantaram olhares e encerraram o evento com chave de ouro.

            Aos olhos simples dos telespectadores que ocuparam os lugares no Estádio, tinha sido sim um ótimo evento. Porém, para quem soube observar detalhes e colocar um pingo de olhar crítico, percebeu por trás dos “brilhos”, pequenos defeitos que passariam despercebidos, se na platéia não estivéssemos nós, estudantes do curso técnico de Eventos.

            A cerimônia contou com espetáculos realmente encantadores, incluiu regras de cerimonial, e teve o cuidado de colocar uma apresentadora fazendo traduções simultâneas em espanhol, do que estava sendo dito. Algo que achei bem interessante. Mas quem vai trabalhar com organização de eventos, incluindo este tipo específico, precisa estar atento a tudo. Tudo mesmo, parte técnica e impacto causado ao público. Como espectadora, se não fosse o extremo atraso para começar, achei uma cerimônia legal e rápida, depois de iniciada. Volto a citar a “chuva de purpurina”, porque realmente foi a parte que mais me encantou. Fiquei igual a uma criança fascinada com aqueles brilhos riscando o céu e dando cores a noite. 

         Mas o meu olhar “profissional” foi questionável às observações: começando pelo atraso de quase uma hora, que deixou o público impaciente e cansado; o local onde estavam hasteadas as bandeiras dos países, faltou uma iluminação, e estava afastado demais do palco; o mascote dos jogos, Puã, figura que foi tão falada, não teve tanta participação na abertura dos jogos; a fanfarra da Polícia Militar que tocou o Hino do Brasil, ficou longe da arquibancada, onde estava a maioria das pessoas, e quase não se ouvia o som tocado; houve um erro de cerimonial na hora que foi feito o juramento dos atletas; e um dos países que tinha sido chamado não entrou na hora. Alguém percebeu mais alguma coisa?

            São detalhes aparentemente pequenos, mas que em um evento, principalmente os de grande porte, fazem diferença e podem estragar o status da cerimônia.

            Essa foi a minha opinião sobre a abertura dos Jogos Pan Americanos em JF. Acho bem interessante e construtivo para nós, estudantes de Eventos termos a oportunidade de participar de cerimônias como essa e observar na prática, tudo que aprendemos no curso.

  

Por: Nathália Gabrielle Virgílio Corrêa, II Eventos