terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cortinas abertas para revelar o 4º Festival de Cenas Curtas


No dia 24 de novembro foi realizada a  quarta edição do Festival de Cenas Curtas de Juiz de Fora, no Centro Cultura Bernardo Mascarenhas(CCBM), onde oito de quinze esquetes foram previamente selecionadas e disputaram pelos prêmios de cinco mil reais (primeiro lugar), três mil reais (segundo lugar), mil reais (terceiro lugar) e também o prêmio destaque no valor de mil reais.

Ao chegarmos ao local do evento, fomos bem recepcionadas e direcionadas à fila que, por sinal, já estava bem grande. Entramos às 19:05h e o festival começou com o atraso de quinze minutos, ou seja, ás 19:15.
O festival foi bem eclético, abrangendo temas atuais ,como a infância moderna, o amor (tema atemporal), a amostra grátis, a beleza e a feiura, atingindo, assim, um público bem diferenciado. Nos intervalos, para a montagem e desmontagem de cenários e preparação dos atores, ficamos ao som de MPB e pop rock brasileiro com os cantores Ana Carolina, Lulu Santos, Rita Lee, Skank entre outros.

Atrelado ao festival, acontecia na praça Antônio Carlos, logo ao lado, a quinta edição da Conexão Eletrônica, evento no qual DJ's tocavam música eletrônica, o que, sem dúvidas, atrapalhou na concentração dos atores e também na audição do público, pois as apresentações não tinham o auxílio de microfones, devido ao tamanho do local.

Após as oito apresentações, enquanto os jurados definiam o resultado, o DVD instrumental de um artista local foi exposto. E então, finalmente divulgaram os vencedores. O prêmio destaque foi entregue a dois concorrentes: “A luta de senhor Jarbas contra o velho de bigodes” pela linguagem cênica, que compara a infância atual com a de antigamente, e também “As sementes de aço” pelo texto, em que retratou a dura realidade de uma guerra.

O terceiro lugar foi de “Senhora da água, senhor do fogo”, drama poético que acaba em tragédia, surpreendendo todo o público com um assassinato muito real e inesperado. O segundo lugar ficou com a comédia “Rolhas” em que um jovem conta histórias de sua vida, sempre acompanhadas de vinhos e também de rolhas. O merecido primeiro lugar foi para o narrativo-cênico “A história do lápis nº 2”, em que duas atrizes interpretaram duas amigas, um casal heterossexual e também um casal homossexual com direito a uma cena de beijo.

Juiz de Fora é uma cidade que carece de cultura, por isso eventos dessa natureza devem ser mais divulgados e tomar proporções maiores. Como o objetivo do festival foi de incentivar a produção de dramaturgia local e já está em sua quarta edição, significa que é um projeto que funciona. Na próxima edição deve-se pensar em uma maior divulgação, e poderiam cobrar um valor simbólico na entrada, para que os prêmios melhorem e mais grupos queiram participar para divulgarem seus trabalhos.

*Análise crítica apresentada pelas alunas  Gláucia Carvalho, Lisandra Queiroga e Luciana Santana do segundo módulo à disciplina Planejamento e Organização de Eventos.

6 comentários:

  1. Nunca participei de um evento desse tipo e também não me lembro de ser atingida por nenhum tipo de divulgação, pelo menos atrativa a respeito desse tipo de evento,nessa ou em outras edições. No entanto é um tipo de evento do qual eu gostaria de poder participar. Acredito então que houve uma falha na divulgação como mencionada na critica e que o problema ocasionado pela simultaneidade com o evento "Conexão Eletrônica" poderia ter sido evitado ou de alguma maneira amenizado já que era não é um imPREVISTO pois o outro evento estava marcado para acontecer.

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  2. Como foi dito no texto, Juiz de Fora carece de mais eventos de caráter cultural, um evento como o citado, me parece super interessante de assistir, acompanhar e torcer pelo seu favorito. O que poderia se tornar algo grandioso e interessante se torna só mais um evento que tem como público a minoria, há evidentes falhas na divulgação e sinceramente não sei o porquê, muitas pessoas dizem que o publico de juiz de fora só se interessa por eventos sociais, eu discordo. As pessoas se interessam por aquilo que é divulgado e comentado. O evento de "Cenas Curtas" é muito interessante e diferente de tudo que se tem na cidade, que pouco apoia os talentos artísticos aqui existentes, mas a divulgação é completamente falha, o que gera falta de patrocínio e estrutura precária como foi criticada no texto.

    Mônica Calderaro

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  3. As divulgações desses eventos são falhas, bem falhas e se não for um evento de grande porte como o Festival Nacional de Teatro não se veem a movimentação na cidade, como no Primeiro Plano. Outro problema também são os teatros da cidade que são utilizado nesses eventos e se dependendo do tipo de área que se usa se perde muito mais espaço. Já me apresentei no Centro Cultura Bernardo Mascarenhas(CCBM) não se tem suporte nem pra o espectador que muitas vezes tem que senta naquela arquibancada de madeira e muito menos para os atores onde os camarins são minúsculos.

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  4. Os problemas relatados em relação ao evento são preocupantes como, por exemplo, a falta de divulgação, os problemas gerados pela simultaneidade de eventos no mesmo local, e também a falta de equipamentos necessários como microfones que conduzissem com o ambiente; mas algo que todos estes problemas possuem em comum é que poderiam ter sido facilmente resolvidos na etapa que é alvo de nossa disciplina o PLANEJAMENTO!É latente que nossa já apurada visão crítica acerca deste tema nos possibilita perceber isto, logo não se possuem profissionais capacitados para realização dos eventos, fato que deixa bem claro a importância de nossa função, pois o evento é claramente interessante e o orçamento existe, devido à entrega de prêmios que ocorreu então não existe motivo para que erros não sejam evitados.

    Bruno Ribeiro

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  5. O evento não é do tipo que eu frequentaria e acredito que a grande maioria das pessoas, também não. Por isso, quanto a pouca divulgação, não vejo isso nesse tipo de evento como um erro em si, mas também afirmo que tal divulgação tenha que ser mais acentuada, mas não a todos e sim para um grupo específico. Vejo o evento ainda como embrionário, uma vez que está somente em sua segunda edição, logo, os erros que foram aqui explanados são comuns, não por sua natureza, mas sim pela falta de experiência acerca desse tipo de evento que é bem raro em nossa cidade. Mesmo como afirmado acima, de que o evento é para um público bem específico, o vejo com muito potencial por JF estar localizada próxima a um eixo cinematográfico (RJ e SP principalmente) mais importante do cenário brasileiro, isso irá fazer com que o evento se torne celeiro de novos artistas da área, além de divulgar talentos.

    Jeferson

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  6. Como apresentado na crítica acho que o evento pecou na pouca divulgação, no fato do mesmo ocorrer juntamente com outro no mesmo local e a falta de equipamentos fundamentais para a apresentação dos concorrentes, assim para que o evento se torne mais frequentado deve haver melhores formas de divulgação para que o mesmo não seja frequentando somente por uma classe e que ele seja melhor planejado para que a execução do memso possa ser confortavél e interessante ao publico.
    Viviane Nogueira

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