No dia 24 de novembro foi realizada a quarta edição do Festival de Cenas Curtas de
Juiz de Fora, no Centro Cultura Bernardo Mascarenhas(CCBM), onde oito de quinze
esquetes foram previamente selecionadas e disputaram pelos prêmios de cinco mil
reais (primeiro lugar), três mil reais (segundo lugar), mil reais (terceiro
lugar) e também o prêmio destaque no valor de mil reais.
Ao
chegarmos ao local do evento, fomos bem recepcionadas e direcionadas à fila
que, por sinal, já estava bem grande. Entramos às 19:05h e o festival começou
com o atraso de quinze minutos, ou seja, ás 19:15.
O festival foi bem eclético, abrangendo temas atuais ,como
a infância moderna, o amor (tema atemporal), a amostra grátis, a beleza e a
feiura, atingindo, assim, um público bem diferenciado. Nos intervalos, para a
montagem e desmontagem de cenários e preparação dos atores, ficamos ao som de
MPB e pop rock brasileiro com os
cantores Ana Carolina, Lulu Santos, Rita Lee, Skank entre outros.
Atrelado
ao festival, acontecia na praça Antônio Carlos, logo ao lado, a quinta edição
da Conexão Eletrônica, evento no qual DJ's tocavam música eletrônica, o que,
sem dúvidas, atrapalhou na concentração dos atores e também na audição do
público, pois as apresentações não tinham o auxílio de microfones, devido ao
tamanho do local.
Após
as oito apresentações, enquanto os jurados definiam o resultado, o DVD
instrumental de um artista local foi exposto. E então, finalmente divulgaram os
vencedores. O prêmio destaque foi entregue a dois concorrentes: “A luta de
senhor Jarbas contra o velho de bigodes” pela linguagem cênica, que compara a
infância atual com a de antigamente, e também “As sementes de aço” pelo texto,
em que retratou a dura realidade de uma guerra.
O
terceiro lugar foi de “Senhora da água, senhor do fogo”, drama poético que
acaba em tragédia, surpreendendo todo o público com um assassinato muito real e
inesperado. O segundo lugar ficou com a comédia “Rolhas” em que um jovem conta
histórias de sua vida, sempre acompanhadas de vinhos e também de rolhas. O
merecido primeiro lugar foi para o narrativo-cênico “A história do lápis nº 2”,
em que duas atrizes interpretaram duas amigas, um casal heterossexual e também
um casal homossexual com direito a uma cena de beijo.
Juiz
de Fora é uma cidade que carece de cultura, por isso eventos dessa natureza
devem ser mais divulgados e tomar proporções maiores. Como o objetivo do
festival foi de incentivar a produção de dramaturgia local e já está em sua
quarta edição, significa que é um projeto que funciona. Na próxima edição
deve-se pensar em uma maior divulgação, e poderiam cobrar um valor simbólico na
entrada, para que os prêmios melhorem e mais grupos queiram participar para
divulgarem seus trabalhos.
*Análise crítica apresentada pelas alunas Gláucia Carvalho, Lisandra
Queiroga e Luciana Santana do segundo módulo à disciplina Planejamento e Organização de Eventos.