Não é novidade para nenhum de nós que o mercado de eventos é um dos setores que apresenta maior nível de amadorismo, sendo que este pode ser interpretado de duas formas: a primeira seria analisar especificamente o mercado de trabalho no qual o profissional de eventos raramente é um trabalhador regularizado e ao qual se dá o valor merecido, ou seja, a maioria dos “funcionários” que trabalham nos eventos são pessoas sem nenhum vínculo legal com as empresas que promovem os eventos e atrelados a isto são mal remunerados e constantemente mal tratados por parte dos contratantes o que nos leva a segunda forma que podemos analisar o amadorismo que é justamente a parte que para os leigos é mais visível, a total falta de capacidade e entendimento das funções que se devem realizar por parte destes funcionários, e como resultado disto somos maltratados, ficamos perdidos, esperamos horas em filas, lidamos com enormes atrasos entre vários outros problemas que ocorrem quando decidimos sair de casa e ir a um evento, em suma, ficamos frustrados, pois nossa expectativa raramente é atendida.
Podemos observar isto claramente nas
postagens feitas anteriormente neste blog, nas quais percebemos que eventos
pequenos como o “Festival de Cenas Curtas” ou grandes Empreendimentos como a
“Feira do Estudante” e o “Sacode” possuem como denominador comum os problemas
na organização e por fim não geram a tão buscada satisfação aos seus
frequentadores.
Mas este amadorismo que aqui
retrato, em minha concepção, possui responsabilidade dividida entre os gestores
das empresas que na sua maioria não possuem capacidade para ocupar estes cargos
e só visam o lucro fazendo de tudo para alcançar isto, para eles o ideal é o
dinheiro e não satisfação das pessoas. Outra parte da responsabilidade é do
poder público que não institui nada ou muito pouco de legislação para os
profissionais desta área; mas a principal responsabilidade é nossa, escritor e
leitor deste texto, pois em evento após evento que frequentamos vemos muitos erros
e falhas, mas pouco reclamamos ou tomamos atitudes para mudar isto e na maioria
das vezes achamos tudo normal ou no máximo exprimimos o típico “É sempre assim..”. Já quando trabalhamos em algum
evento nós deixamos nos caracterizar como “escravos modernos” e fazemos tudo o
que somos mandados sem exprimir o mínimo de opinião ou mesmo criticidade sobre
determinado processo que realizamos mesmo possuindo prerrogativas suficientes
para fazê-lo.
Porém, em contrapartida a tudo isto,
ao menos estamos nos especializando para mudar este panorama, mas não se iludam
não é uma tarefa fácil e talvez lutando durante toda nossa carreira não
conseguiremos mudar nada, mas pelo menos temos que tentar.
Por: Bruno Ribeiro, 2° T.E.