domingo, 24 de abril de 2011

O ESPETACULAR COACHELLA



Muita música, gêneros diferentes, estilos dos mais ousados e arte moderna, o Festival de Música e Artes do Vale de Coachella (Coachella Valley Music and Arts Festival), conhecido simplesmente como Festival de Música Coachella ou Coachella Festival. Esse evento se torna o Paraíso na Terra para quem curte música e criações ao ar livre. Grande sucesso e referência na área de produção cultural em espetáculos, outro igual só mesmo o Festival de Glastonbury na Inglaterra – maior festival de música a céu aberto do mundo – público de cerca de 150 mil pessoas.

 O Coachella reúne nomes consagrados e novas caras do mundo da música, fazendo apresentações durante o dia e outras à noite, num campo de um clube de pólo (The Empire Polo Club), em pleno deserto americano – temperaturas chegando a 38ºC e caindo drasticamente depois do pôr-do-sol. O evento é realizado anualmente desde 1999, interrompido em 2000 por motivos financeiros decorridos da primeira edição, voltando com sua segunda edição em 2001. Com os anos o evento foi crescendo, e nos últimos reuniu entre 60 a 70 mil pessoas por dia. Com 3 dias consecutivos de duração, sendo que nos anos iniciais eram apenas 2, e sempre contanto com artistas dos gêneros eletrônico, rock alternativo, indie e hip hop. Hoje o Coachella é reconhecido no mundo inteiro, reunindo pessoas de várias nações, promovendo a integração.

Os shows são marcados principalmente por bandas novas, principalmente vindas da promoção pela internet, o que acabam virando certo destaque do evento, tanto é que entre essas bandas e outros cantores não há hierarquia de quem é mais famoso. Dentro do campo de realização do festival existem tendas e um palco principal onde acontecem os espetáculos. Durante as apresentações telões exibem as performances para tornar o show mais agradável. Os palcos e tendas (com nomes de desertos) são um show a parte com um cenário moderno, e às vezes simples ou surreal. Com telões retangulares, multifacetados e com diferentes projeções a cada música transformam o evento num grande espetáculo de admiração.

A 12ª edição aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2011, na cidade californiana de Indio, EUA. Três dias de muita música de euforia, e quem vai ao festival tem todo um estilo largado... também com o clima de deserto na região não fica fácil de suportar. Além de amantes da música e da arte, quem costuma freqüentar o evento são famosos, neste ano estiveram Rihanna e Katy Perry – não para cantar, além de Vanessa Hudgens (do Sucker Punck), Leonardo DiCaprio, Anne Hathaway, Lindsay Lohan e quase todos os atores/cantores do seriado Glee – no meio da multidão, largados. Assim o evento se torna foco das revistas de fofoca e de moda, pois também é uma passarela de desfiles. O evento tem aquela atmosfera hippie, ao ar livre e no calor do Sol. Durante os dias de evento existe a alternativa de “camping”, outras pessoas saem do local assim que acabam as apresentações e se hospedam em hotéis nas cidades da região.

Neste ano o evento contou com 181 apresentações artísticas das mais variadas. No primeiro dia 53 shows, no segundo 66, e fechando com 62. Com tanta gente se apresentando uma marca do evento são os atrasos dos cantores em começarem seus shows, algo muito difícil da organização do evento controlar. Uma novidade para este ano foi a cobertura ao vivo do evento, transmitida pelo site da coachella.com e pelo canal de compartilhamento de vídeos da internet, o YouTube.com.

Em 2010 a edição foi marcada por vários problemas, principalmente organizacionais, como a venda de ingresso a mais que o próprio lugar poderia comportar, cerca de 75 mil pessoas para um campo de 60, engarrafamento nas vias de acesso, provocando filas nos portões de entrada, estacionamento nada proporcional à quantidade de veículos e péssima coleta de lixo – o evento também era conhecido pela preocupação com o meio ambiente. Outro problema que marcou a edição, só que externo, foi o cancelamento de vários artistas pelo motivo da interrupção de voos na Europa – o fato da erupção do vulcão de nome estranho na Islândia.

Com a ruim experiência de 2010, a organização do evento melhorou alguns aspectos gerenciais como a segurança, aumentou a área de realização, vendeu a quantidade proporcional de ingressos, criou um controle mais rigoroso na entrada (pulseiras com chips), redistribuiu praças de alimentação e reavaliou a coleta do lixo produzido. Outra estratégia que fez diferença foi a diminuição do número de atrações mais famosas. Assim o festival voltou a ter aquele ar e espírito calmo que tinha perdido na edição anterior.

Um evento que já teve até Madonna (em 2006), e para este ano de 2011 os destaques (também chamados de “headlines”) foram vários: The Chemical Brothers, Kings of Leon, Cee Lo Green, Robyn, Árcade Fire, Empire of The Sun, Gogol Bordello, Scissor Sisters, Fedde le Grand, Kanye West, Duran Duran, Ellie Goulding e as participações brasileiras Cansei de Ser Sexy, DJ Marky, The Tweles e Emicida. Neste ano todos os ingressos para os três dias de shows se esgotaram em apenas 5 dias, e contava com mais serviços para os campistas (o próprio site do evento que vendeu os ingressos). Isso mostra o apreço ao evento, e sua forte marca.

Imagine todo o trabalho de criação e toda a produção para este evento. O planejamento, a elaboração e a execução de todo o projeto realmente demanda uma grande equipe. A produção cultural de um evento desse porte e renome só poderia estar por trás de uma grande organização, a Goldenvoice, uma empresa filiada a AEG Live, uma organização que gerencia vários eventos culturais e arenas de exposições em inúmeras cidades do mundo.

Um dos grandes parceiros para criação do Coachella é o The Creators Project que produziu modernas exibições audiovisuais usadas durante as apresentações, tornando experiência mais inesquecível. Pois um verdadeiro espetáculo une músicas e efeitos que estimulam a visão. Entre os grandes patrocinadores do evento estão a cervejaria Heineken, a Sony, a Playstation 3 e a coreana de automóveis Hyundai, entre outros.

Todas essas etapas de idealização de projetos, captação de recursos, contato com bandas e cantores, e até chegar à realização final do evento demanda pessoal especializado na área de Produção Cultural e em Eventos. Atualmente o mercado brasileiro de eventos e espetáculos, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, vê a necessidade da qualificação e especialização de pessoal – algo que de fato ainda não chegou com força em Juiz de Fora. Certamente um evento nos moldes do Coachella faria muito sucesso no Brasil, teria um bom espaço para crescer e além do mais daria a oportunidade de criação e expressão cultural. O Coachella é uma grande integração musical, por esses motivos é conhecido como o mais “cool”, “bombante”, bacana e badalado de todo o mundo.





 Altiere Leal, Técnico em Eventos – 2º Módulo

3 comentários:

  1. Coachella é sonho! Esses grandes festivai sempre dão muito certo lá fora! Aqui no Brasil, agora que essa cultura de festivais está vingando. Haja visto eventos como SWU e Planeta Terra. Já tivemos o Tim Festival, que também dava foco para musicais alternativos, mas infelizmente o evento acabou... Esses eventos são uma oportunidade única de ver as bandas que amamos ao vivo, mas o nosso bolso reclama. Pois há um custo (altíssimo) por trás disso!

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  2. Gente mais esse Festival nao é a cara do ALT? envolve arte e badalaçao, ai ai as vezes me da uma pontinha de inveja por nao poder ir a esses eventos por "falta de tempo"$$$$$$$$, gente eu nunca tinha ouvido falar desse festival e ja to amando, coisas inovadoras me atraem, acho que como o David disse o Brasil ta precisando de algo assim, gente, ALT, faz um pra gente assim?
    bju

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  3. =)
    Tbm acho a cara do Alt. Acho a festa uma rave, porém não como esses lixos, em sua maioria, realizados no Brasil,sem infraestrutura, segurança, mal atendimento de primeiros socorros.Eles veem problemas e melhoram no proximo, ja no Brasil a tendencia é só piorar. Eita diferença entre países de primeiro e segundo mundo,até em festas !

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