segunda-feira, 8 de maio de 2017

47ª Romaria Nacional dos Vicentinos a Aparecida



Desde 1970 a Romaria Vicentina tem a tradição de trazer milhares de romeiros à cidade de Aparecida e em sua 47ª edição, realizada nos dias 1 e 2 de abril, não foi diferente, contando com em média 120 mil visitas ao evento.
A Romaria Nacional dos Vicentinos é uma espécie de peregrinação de caravanas de todas as partes do país que vão à cidade de Aparecida para homenagear Antônio Frederico Ozanam, fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Mas antes de tomar conhecimento sobre este evento, é necessário saber um pouco sobre esta associação: a SSVP é uma organização religiosa sem fim lucrativos fundada em 1833 por Frederico Ozanam em Paris com a finalidade de ajudar os mais necessitados; hoje abrange praticamente todos os países do mundo.


A SSVP possui um departamento de comunicação que é responsável pelas publicações, redes sociais e eventos tendo como coordenador Thiago Tibúrcio, principal organizador da Romaria junto com outros colaboradores. De acordo com Thiago em uma breve conversa, é feito durante o ano uma seleção de voluntários para a organização e funções no evento se reunindo e conversando através das redes sociais para melhor planejamento.


Com as camisas do evento, dois dos principais colaboradores: Padre Alexandre Nahass E Christian Bigão (respectivamente).


Três dias antes do começo da Romaria, a organização se reúne para acertar os últimos detalhes e receber os materiais da ornamentação, estruturas de palco e equipamentos de som já que no sábado, dia 1º, a programação tinha atividades em dois locais distintos da cidade de Aparecida: A Via Sacra no Morro do Cruzeiro pela manhã e o Festival Cultural Ozanam no Centro de Eventos ‘Padre Vítor Coelho de Almeida’.
O Morro do Cruzeiro possui 685 metros de altitude com várias curvas simbolizando o caminho por onde Jesus passou antes de sua crucificação. Este ano, contando com 10 mil vicentinos, a Via Sacra teve início às 9 horas com uma banda de jovens vinda de uma região de Brasília e foi conduzida pelo Pe. Alexandre Nahass de um palco na entrada do morro onde o som era distribuído por toda a extensão do local. Sendo divididas por 15 estações até chegar ao topo onde é situado o Mirante, o Morro do Cruzeiro possui 14 estruturas de bronze na subida, pontos em que eram encenados e refletidos momentos da crucificação.





Na parte da tarde de sábado, a organização se ocupa no Centro de Eventos ‘Padre Vítor Coelho de Almeida’ para passagem de som, últimos acertos da montagem da ornamentação e audiovisual enquanto alguns grupos fazem alguns ensaios no palco e ao lado de fora do centro de eventos acontece alguns workshops.


Workshops realizados no s ábado a tarde

Às 19 horas, teve início o Festival Cultural Ozanam, uma atividade incorporada à programação há 10 anos e tem como público-alvo os vicentinos mais jovens com diversas atrações culturais como apresentações de teatro e dança feitas por grupos vicentinos de todas as regiões do país, bandas e DJ. Enquanto finalizava o evento, algumas já começavam ajeitar o palco para os acontecimentos do dia seguinte.

No domingo, dia 2, às 8 horas foi iniciada a principal atividade do evento: a Festa Regulamentar em homenagem a Antônio Frederico Ozanam. Muitas regiões do Brasil optam por viagens rápidas, de preferência de sábado a domingo, e este é o principal motivo desta parte do evento ter o maior número de participantes. Sendo realizada também no Centro de Eventos da cidade, a festa teve como tema "Contra as pobrezas, agir juntos" e foram realizadas algumas palestras e apresentações de dança referentes ao mesmo. Este também é um momento muito importante no qual todos os vicentinos rezam a renovação do compromisso vicentino reafirmando que seguirão firmes na caminhada de servir aos pobres.

Assim que terminou a Festa Regulamentar, os romeiros vicentinos saíram do Centro de Eventos ‘Padre Vítor Coelho de Almeida’ em direção à Basílica Nacional, onde as atividades da Romaria Nacional foram encerradas com a celebração da Santa Missa, às 10 horas. Nesse momento, enquanto acontecia a missa, a organização começava a desmontagem dos equipamentos e arrumação do local.
Por falta de criatividade e seguindo nos últimos anos o mesmo formato, a Romaria vem perdendo gradativamente participantes, principalmente o Festival Cultural que praticamente reduziu seu numero pela metade. Apesar desse problema, a Romaria é (e por bastante tempo) a maior festa vicentina do mundo, pois além de ser um ótimo de espiritualidade, é também uma ótima oportunidade para reencontrar amigos. Talvez seja necessário uma inovação na organização (que também é a mesma durante os últimos anos) para que haja um atrativo tanto para o público antigo como para a nova geração de vicentinos.


Por: Vanderson de Oliveira
Aluno do 2º Módulo do Curso Técnico em Eventos do IF Sudeste MG - Campus Juiz de Fora

12 comentários:

  1. Com esse depoimento fica claro que os jovens se unem não somente para baladas, esse evento reuniu milhares de pessoas com o intuito de renovar a fé e ajudar o próximo, mesmo não sendo inovado, tanto na organização quanto no formato, a muito tempo. Essa experiências agrega valores não somente na visão do profissional de eventos mas também na vivência pessoal de quem pode estar presente.

    ResponderExcluir
  2. Ótimo evento. E o que mais me chamou a atenção foi o numero de jovens. O que nos faz ainda acreditar que esse mundo ainda tem salvação. Parabéns Vandinho.

    ResponderExcluir
  3. Realmente muito interessante a história e a tradição do evento, assim como as formas que tem sido utilizadas para atrair mais jovens e fiéis. Vivemos um novo momento na igreja católica, de abertura a debates e novas concepções de fé, sendo necessário assim a atualização desses conceitos sem perder suas raízes. Parabéns a todos os envolvidos na realização do evento e a você Vanderson pela bela matéria !

    ResponderExcluir
  4. Excelente matéria! E é sempre bom e bonito de ver o quanto a Fé e eventos desse tipo conseguem unir um grande número de pessoas.

    ResponderExcluir
  5. Achei interessante a escolha do tema, pois geralmente não se fala muito dos eventos religiosos. Embora sejam um dos que mais atraem pessoas. Pelo o que está escrito percebe-se que o evento contou com uma equipe de profissionais muito bem treinados e experientes.

    ResponderExcluir
  6. Os vicentinos fazem um ótimo trabalho,já tive a oportunidade de acompanhar algumas ações deles em Juiz de Fora, mas não tinha noção deste grande evento, o qual a partir da lida do texto foi de grande aprendizado e inspirador. E para quem esteve presente, acredito que seja uma grande experiência, principalmente para os jovens.

    ResponderExcluir
  7. ótimo evento.Adorei conhecer um pouco mais sobre a romaria dos vicentinos, o texto ficou muito bem explicado,parabéns.

    ResponderExcluir
  8. Faço parte da sociedade ,é um trabalho muito bonito ,a jornada é o maior evento vicentino .Parabéns Vandinho por falar sobre esse evento religioso e mostrar um pouco sobre a SSVP.

    ResponderExcluir
  9. O evento é muito interessante pois além de unir pessoas religiosas de várias idades, ele as proporciona momentos inesquecíveis realizando diversas atividades coletivas que fortalecem a fé em cada um que participa.

    ResponderExcluir
  10. Adorei o evento!
    Eu particularmente não conhecia e vou adicionar a minha agenda, quero ir na próxima edição. Adoro esses eventos que reúnem jovens de vários locais, principalmente quando todos estão ali por causa da fé.
    Parabéns, arrasou no evento.

    ResponderExcluir
  11. A tradição do evento prova que as pessoas têm fé, quanto a perda de seguidores, como você mesmo disse " ...é necessário inovar a organização.", parabéns pela matéria.

    ResponderExcluir