Desde 1970 a Romaria Vicentina tem a
tradição de trazer milhares de romeiros à cidade de Aparecida e em sua 47ª
edição, realizada nos dias 1 e 2 de abril, não foi diferente, contando com em
média 120 mil visitas ao evento.
A Romaria Nacional dos Vicentinos é uma
espécie de peregrinação de caravanas de todas as partes do país que vão à
cidade de Aparecida para homenagear Antônio Frederico Ozanam, fundador da
Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Mas antes de tomar conhecimento sobre
este evento, é necessário saber um pouco sobre esta associação: a SSVP é uma
organização religiosa sem fim lucrativos fundada em 1833 por Frederico Ozanam
em Paris com a finalidade de ajudar os mais necessitados; hoje abrange praticamente
todos os países do mundo.
A SSVP possui um departamento de
comunicação que é responsável pelas publicações, redes sociais e eventos tendo
como coordenador Thiago Tibúrcio, principal organizador da Romaria junto com
outros colaboradores. De acordo com Thiago em uma breve conversa, é feito
durante o ano uma seleção de voluntários para a organização e funções no evento
se reunindo e conversando através das redes sociais para melhor planejamento.
Com as camisas do evento, dois dos
principais colaboradores: Padre Alexandre Nahass E Christian Bigão
(respectivamente).
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Três dias antes do começo da Romaria, a
organização se reúne para acertar os últimos detalhes e receber os materiais da
ornamentação, estruturas de palco e equipamentos de som já que no sábado, dia
1º, a programação tinha atividades em dois locais distintos da cidade de
Aparecida: A Via Sacra no Morro do Cruzeiro pela manhã e o Festival Cultural
Ozanam no Centro de Eventos ‘Padre Vítor Coelho
de Almeida’.
O Morro do Cruzeiro
possui 685 metros de altitude com várias curvas simbolizando o caminho por onde
Jesus passou antes de sua crucificação. Este ano, contando com 10 mil
vicentinos, a Via Sacra teve início às 9 horas com uma banda de jovens vinda de
uma região de Brasília e foi conduzida pelo Pe. Alexandre Nahass de um palco na
entrada do morro onde o som era distribuído por toda a extensão do local. Sendo
divididas por 15 estações até chegar ao topo onde é situado o Mirante, o Morro
do Cruzeiro possui 14 estruturas de bronze na subida, pontos em que eram
encenados e refletidos momentos da crucificação.
Na parte da tarde de sábado, a
organização se ocupa no Centro de Eventos ‘Padre
Vítor Coelho de Almeida’ para passagem de som, últimos acertos da montagem da
ornamentação e audiovisual enquanto alguns grupos fazem alguns ensaios no palco
e ao lado de fora do centro de eventos acontece alguns workshops.
Workshops realizados no s
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Às 19 horas, teve início o Festival
Cultural Ozanam, uma atividade incorporada à programação há 10 anos e tem como
público-alvo os vicentinos mais jovens com diversas atrações culturais como
apresentações de teatro e dança feitas por grupos vicentinos de todas as
regiões do país, bandas e DJ. Enquanto
finalizava o evento, algumas já começavam ajeitar o palco para os
acontecimentos do dia seguinte.
No domingo, dia 2, às 8 horas foi iniciada a principal atividade do evento: a Festa Regulamentar em homenagem a Antônio Frederico Ozanam. Muitas regiões do Brasil optam por viagens rápidas, de preferência de sábado a domingo, e este é o principal motivo desta parte do evento ter o maior número de participantes. Sendo realizada também no Centro de Eventos da cidade, a festa teve como tema "Contra as pobrezas, agir juntos" e foram realizadas algumas palestras e apresentações de dança referentes ao mesmo. Este também é um momento muito importante no qual todos os vicentinos rezam a renovação do compromisso vicentino reafirmando que seguirão firmes na caminhada de servir aos pobres.
Assim que terminou a
Festa Regulamentar, os romeiros vicentinos saíram do Centro de Eventos ‘Padre
Vítor Coelho de Almeida’ em direção à Basílica Nacional, onde as atividades da
Romaria Nacional foram encerradas com a celebração da Santa Missa, às 10 horas.
Nesse momento, enquanto acontecia a missa, a organização começava a desmontagem
dos equipamentos e arrumação do local.
Por falta de
criatividade e seguindo nos últimos anos o mesmo formato, a Romaria vem
perdendo gradativamente participantes, principalmente o Festival Cultural que
praticamente reduziu seu numero pela metade. Apesar desse problema, a Romaria é
(e por bastante tempo) a maior festa vicentina do mundo, pois além de ser um
ótimo de espiritualidade, é também uma ótima oportunidade para reencontrar
amigos. Talvez seja necessário uma inovação na organização (que também é a
mesma durante os últimos anos) para que haja um atrativo tanto para o público
antigo como para a nova geração de vicentinos.
Por: Vanderson de Oliveira
Aluno do 2º Módulo do Curso Técnico em Eventos do IF Sudeste MG - Campus Juiz de Fora
Com esse depoimento fica claro que os jovens se unem não somente para baladas, esse evento reuniu milhares de pessoas com o intuito de renovar a fé e ajudar o próximo, mesmo não sendo inovado, tanto na organização quanto no formato, a muito tempo. Essa experiências agrega valores não somente na visão do profissional de eventos mas também na vivência pessoal de quem pode estar presente.
ResponderExcluirMuito,bonito esse evento!
ResponderExcluirÓtimo evento. E o que mais me chamou a atenção foi o numero de jovens. O que nos faz ainda acreditar que esse mundo ainda tem salvação. Parabéns Vandinho.
ResponderExcluirRealmente muito interessante a história e a tradição do evento, assim como as formas que tem sido utilizadas para atrair mais jovens e fiéis. Vivemos um novo momento na igreja católica, de abertura a debates e novas concepções de fé, sendo necessário assim a atualização desses conceitos sem perder suas raízes. Parabéns a todos os envolvidos na realização do evento e a você Vanderson pela bela matéria !
ResponderExcluirExcelente matéria! E é sempre bom e bonito de ver o quanto a Fé e eventos desse tipo conseguem unir um grande número de pessoas.
ResponderExcluirAchei interessante a escolha do tema, pois geralmente não se fala muito dos eventos religiosos. Embora sejam um dos que mais atraem pessoas. Pelo o que está escrito percebe-se que o evento contou com uma equipe de profissionais muito bem treinados e experientes.
ResponderExcluirOs vicentinos fazem um ótimo trabalho,já tive a oportunidade de acompanhar algumas ações deles em Juiz de Fora, mas não tinha noção deste grande evento, o qual a partir da lida do texto foi de grande aprendizado e inspirador. E para quem esteve presente, acredito que seja uma grande experiência, principalmente para os jovens.
ResponderExcluirótimo evento.Adorei conhecer um pouco mais sobre a romaria dos vicentinos, o texto ficou muito bem explicado,parabéns.
ResponderExcluirFaço parte da sociedade ,é um trabalho muito bonito ,a jornada é o maior evento vicentino .Parabéns Vandinho por falar sobre esse evento religioso e mostrar um pouco sobre a SSVP.
ResponderExcluirO evento é muito interessante pois além de unir pessoas religiosas de várias idades, ele as proporciona momentos inesquecíveis realizando diversas atividades coletivas que fortalecem a fé em cada um que participa.
ResponderExcluirAdorei o evento!
ResponderExcluirEu particularmente não conhecia e vou adicionar a minha agenda, quero ir na próxima edição. Adoro esses eventos que reúnem jovens de vários locais, principalmente quando todos estão ali por causa da fé.
Parabéns, arrasou no evento.
A tradição do evento prova que as pessoas têm fé, quanto a perda de seguidores, como você mesmo disse " ...é necessário inovar a organização.", parabéns pela matéria.
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