A Bocha é uma modalidade que abre portas para
pessoas com grau severo de comprometimento motor e/ou múltiplo e está em mais
de 50 países em todo o mundo. Ela pode ser jogada individualmente, em duplas ou
em equipes, e é mista - homens e mulheres competem juntos igualmente. Além de
atletas PC, também podem participar pessoas com outras deficiências, desde que
tenham o grau de deficiência exigido comprovado. As regras são simples, mas o
grau de concentração e habilidade é altíssimo. São 13 bolas, sendo seis azuis,
seis vermelhas e uma branca. O Objetivo é aproximar o maior número de bolas
coloridas da branca. Nos campeonatos os atletas competem em quatro classes de
acordo com o grau de deficiência: BC1, BC2, BC3 e BC4.
A
ANDE, Associação Nacional de Desporto para Deficientes, administra a Bocha, o
Futebol de Sete e a Petra no Brasil e são responsáveis por organizar
competições nacionais e regionais das três modalidades e coordenar as seleções
brasileiras de cada uma delas. O Campeonato Regional Leste de Bocha paralímpica
2018 aconteceu entre os dias 29 de Março e 01 de Abril na Cidade de
Colatina/ES. Com a participação de 57 atletas de 12 Clubes totalizando em torno
de 155 pessoas. Os jogos aconteceram no Colégio Marista de Colatina e a
hospedagem dos participantes ocuparam dois hotéis da cidade.
Para
a realização desse evento a ANDE contou com a parceria do Comitê Paralímpico
Brasileiro, com a Prefeitura de Colatina e vários patrocinadores locais e
voluntários, que garantiram a recepção, hospedagem, alimentação e o transporte para o
local dos jogos, bem como para a rodoviária e aeroporto de Vitória.
A organização
disponibiliza no credenciamento o guia da competição, contendo os horários de
alimentação, transporte, cronograma de atividades, a licença para hospedagem e
a pesquisa de satisfação e avaliação do evento.
Tive
a oportunidade de participar desse evento como staff da equipe de Juiz de Fora
de bocha, que conseguiu o terceiro lugar geral por equipes e garantiu a medalha
de ouro e vaga no campeonato brasileiro com Eduardo Batista na classe BC2. Além dos jogos, o
Regional de bocha também teve curso de arbitragem e classificação funcional
para novos atletas.
Uma
estrutura montada na quadra do Colégio Marista, com espaço de premiação, quatro
quadras de jogos, placares eletrônicos, microfones, som, quadra de treino,
câmara de espera, fez com que todos os jogos tiveram um ótimo andamento.
Um
evento que demanda muita estrutura para receber os participantes e os
espectadores, eu acompanho a alguns anos eventos paradesportivos e esse em
especial vem crescendo e melhorando a cada edição.
Por: Inara Silva
2º Módulo Técnico em Eventos - IF Sudeste MG, campus Juiz de Fora